sábado, 19 de dezembro de 2009
Fim de ano com JAM session
Todo ano, bem perto do Natal - às vezes na véspera mesmo, como foi no ano passado - o Naldo, dono do restaurante mexicano "La Bamba Tex Mex", realiza uma confraternização beneficente de fim de ano com churrasco, cerveja e muito rock´n´roll. Por ser beneficente, a entrada é 1 quilo de alimento não perecível e serão vendidos espetinhos, cerveja e refrigerante. Toda a renda e os alimentos recolhidos serão doados á ABRAPEC (Associação brasileira de assistência às pessoas com câncer).
O clima é muito bom. Alto astral total. Vários músicos da Mooca e região, todos amigos, levam instrumentos e fazem uma JAM session tocando rock clássico. O domingo também promete muito sol. Será num espaço aberto que serve de estacionamento e dá pra levar crianças, se for o caso.
Nos encontramos lá!
Veja aqui as fotos da confraternização em outros anos. E veja aqui o vídeo da confraternização do ano passado (2008).
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Lançamento do CD "Eletroroots" do Mama Gumbo
O amigo Alex Cruz e sua banda , o Mama Gumbo, lançam hoje o álbum "Eletroroots" com show e festa. O Bar da Gruta fica atrás do Bar do Estadão. Porão delicioso pra tomar cerveja, cachaça mineira, ouvir jazz, blues e afins, além do festivo e dançante show do Mama Gumbo. Imperdível!!
Com a palavra a própria banda:
"
OLÁ PESSOAL
NESTA SEXTA FEIRA, DIA 11/12/2009, NA GRUTA, O MAMA ESTARÁ LANÇANDO SEU NOVO CD "ELETROROOTS".
ESTE É UM MOMENTO MUITO ESPECIAL PARA A BANDA, AFINAL ESTAMOS LANÇANDO O ÁLBUM QUE GRAVAMOS DURANTE MAIS DE 6 MESES, A DURAS PENAS E SOMENTE COM O APOIO DE AMIGOS E DA ONG "AARCA". LANÇAR TALVEZ NÃO SEJA O TERMO CORRETO (UMA VEZ QUE NÃO TEMOS GRAVADORA, DISTRIBUIDORA, COLETIVO, NEM NENHUM APOIO GOVERNAMENTAL), TALVEZ DEVÊSSEMOS CHAMAR DE FESTA DE COMEMORAÇÃO PELO MATERIAL PRODUZIDO, FINALIZADO, PRONTO, MESMO QUE SEJA EM CDR E MONTADO MANUALMENTE PELOS PRÓPRIOS INTEGRANTES, AFINAL O QUE IMPORTA É O SOM, E É SOBRE ISSO QUE VAMOS FESTEJAR: SOBRE A CONCEPÇÃO, COMPOSIÇÃO E GRAVAÇÃO DE UM DISCO REALMENTE INDEPENDENTE E QUE AGORA PODE SER CONSUMIDO POR TODOS QUE ACESSAREM A INTERNET OU POR AQUELES QUE QUISEREM ADQUIRIR O CD (QUE ESTARÁ A VENDA EM TODOS OS SHOWS DA BANDA E NA LOJA BIG PAPA RECORDS).
O ÁLBUM CONTÉM 10 MÚSICAS (SENDO 9 DE AUTORIA DA BANDA) E FOI PRODUZIDO E MASTERIZADO POR SERGIO BASSETI. A MIXAGEM FICOU A CARGO DE SERGIO BASSETI E ALEX CRUZ. MUITAS DESSAS FAIXAS JÁ PODEM SER OUVIDAS NO MYSPACE DA BANDA (www.myspace.com/mamagumbomusic) E O ÁLBUM COMPLETO ESTARÁ DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD NO BLOG PERIECOS BRECHÓ - http://periecos.blogspot.com (LOGO O LINK ESTARÁ DISPONÍVEL NO MYSPACE DA BANDA).
A FESTA NA GRUTA SERÁ ESPECIAL E HAVERÁ DISTRIBUIÇÃO DE CDS E CAMISETAS, PROJEÇÕES E SURPRESAS DURANTE O SHOW DA BANDA.
AGRADECEMOS DESDE JÁ TODAS AS PESSOAS QUE NOS AJUDARAM DE ALGUMA FORMA NA "FEITURA" DESTE CD E QUE NOS ACOMPANHAM NESTA JORNADA MALUCA PELOS CAMINHOS TORTUOSOS (MAS MARAVILHOSOS) DA MÚSICA.
VALEU!!!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Grande temporada do Mama Gumbo no Ocean Club
Com as palavras da própria banda:
"OLÁ PESSOAL
A PARTIR DO DIA 24 DE SETEMBRO O MAMA GUMBO ESTARÁ INAUGURANDO, COM UMA TEMPORADA DE SHOWS, A FESTA "QUINTA ESQUEMA GROOVE" NO OCEAN CLUB, ANTIGO E CHARMOSO BORDEL NO CENTRO DE SÃO PAULO.
O LUGAR POSSUI DOIS AMBIENTES, CERVEJA BARATA (5 REAIS A GARRAFA), MESA DE BILHAR E DECORAÇÃO BACANA, ALÉM DE ESTAR LOCALIZADO NO CENTRO DE SÃO PAULO, NA RUA NESTOR PESTANA, 189, PRÓXIMO A PRAÇA ROOSEVELT.
A CASA ABRE ÀS 21h00 E A ENTRADA É DE 5 REAIS. O MAMA FARÁ DUAS ENTRADAS E ENTRE UMA E OUTRA AINDA TEMOS A DISCOTECAGEM DE ALEX CRUZ, ROLANDO MUITO JAZZ, GROOVE, SOUL, TRILHAS SONORAS E OUTRAS MALUQUICES BACANAS.
TEREMOS A VÍDEO EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA DE CHRISTIAN PIASON CHAMADA "VIAGENS", COM AS FOTOS TIRADAS EM SUAS VIAGENS PARA DIFERENTES LUGARES COMO A ÍNDIA, NEPAL, TIBET E OUTROS.
TODAS AS QUINTAS, À PARTIR DO DIA 24 DE SETEMBRO
APAREÇAM"
Realmente...não dá pra perder. Cliquem nos flyers para vê-los em alta definição.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Novo projeto do Alex no Bar da Gruta
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Programa de rádio Jornal Avesso - Especial Maconha
Mais um programa de rádio do nosso grupo da faculdade. A professora pediu um tema para reportagem especial. Como muitas coisas nós decidimos no restaurante do Adriano (ou Santa Ângela , se preferir), o tema saiu de lá também.
Eu não estava neste dia, mas adorei a idéia. Logo pensei na trilha para o BG (usamos um dub muito legal e que serviu para as vinhetas também, do jamaicano Tapper Zukie) e quais seriam as fontes para entrevistarmos. Comprei a idéia e valeu cada centavo. Aliás, comprei também - pela segunda vez - livro "A maconha" do Fernando Gabeira lançado pela Publifolha. O primeiro exemplar emprestei não lembro para quem. Mas está em boas mãos e sendo divulgado por aí.
O debate sobre a maconha é muito importante. Toda a carga de preconceitos contra a erva e seus usuários foi construído pouco a pouco de forma ideológica. E, pior: uma ideologia econômica. A violência que circunda a droga e seu comércio surgiu por causa da proibição e não pelo uso. Ouça o programa e se manifeste.
A locução foi minha, a equipe de reportagem foi : Vivian (Bibian) , Karen (Izabelitta), Debora (Debbie) e eu (Marcelitto). Eu e a Vivian dividimos a edição, produção e direção. O trabalho técnico impecável foi feito pelo Gerson.
Enjoy it!
terça-feira, 23 de junho de 2009
Programa de rádio : Jornal Avesso especial chorinho
Nosso grupo de Rádio da faculdade produziu esse programa sobre Chorinho. Cada programa (em média, dois por mês) vale nota. É um prova feita no estúdio. Eu gosto muito. Tanto, que resolvi postá-lo aqui.
A idéia do assunto foi da Karen. Ela nos mostrou a loja de instrumentos de percussão chamada "Contemporânea" e uma roda de choro que acontece todo sábado por lá. Difícil não se apaixonar por aquele ambiente nostálgico e recheado de melodias sofisticadas e apaixonadas.
Com a morte de Miguel Fasanelli, dono da loja, a idéia de produzir um programa de rádio que falasse do choro e, indiretamente, fizesse uma homenagem a ele, só cresceu. A professora pediu um programa de pauta cultural e aqui está!
Todo o esqueleto do programa foi idealizado pela Karen. Nós escrevemos alguns textos (eu escrevi sobre a história do choro), fizemos locução de alguns boletins e a Débora fez a locução ao vivo. Mas as trilhas, as entrevistas, o BG, as vinhetas e todas as laudas entregues à professora, foram feitas pela Karen.
O programa foi feito ao vivo. Algumas escorregadas na leitura e nas locuções acontecem. Mas adorei a produção toda.
É demais ouvir o João Macacão tocando ao vivo "Chuvas de verão" depois de emendar uma vinheta exclusiva para o nosso jornal: "Eu sou o João Macacão e você está no Avesso". Demais!
Clique no nome dele e vá direto para o seu MySpace.
Parabéns Karen! (ou Izabel para o grupo).
São 15 minutos de programa. Não deixe de ouvir.
Deixo a letra da música que o João Macacão toca para a gente no programa.
Chuvas de verão
(Fernando Lobo)
Podemos ser amigos simplesmente
Coisas do amor nunca mais
Amores do passado, no presente
Repetem velhos temas tão banais
Ressentimentos passam com o vento
São coisas de momento
São chuvas de verão
Trazer uma aflição dentro do peito
É dar vida a um defeito
Que se extingue com a razão
Estranha no meu peito
Estranha na minha alma
Agora eu tenho calma
Não te desejo mais
Podemos ser
Amigos simplesmente
Amigos, simplesmente
E nada mais
Podemos ser
Amigos simplesmente
Amigos, simplesmente
Nada mais
Trazer uma aflição dentro do peito
É dar vida a um defeito
Que se extingue com a razão
Estranha no meu peito
Estranha na minha alma
Agora eu tenho calma
Não te desejo mais
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Temporadas lisérgicas
Eu conheci a obra do Júpiter por intermédio do Alex (do Dharma Samu)., que também me apresentou Syd Barrett. Antes disso conheci as bandas gauchas TNT e Cascavelletes, que ele fazia parte.
Ouvi o álbum "Sétima efervescência" por volta de 1998 e chapei. Dois "hits" (?) deste álbum foram gravados pr outros artistas: "Lugar do caralho" por Wander Wildner e "Miss Lexotan 6mg garota" pelo Ira. O disco é recheado de viagens de drogas, amores e cenas urbanas. Imperdível para qualquer apreciador de rock nacional alternativo.
Eu sempre dei muita risada com a confusão de que "Lugar do caralho" era cantada pelo Raul Seixas. Quando percebi o imbroglio, cheguei a pesquisar a música pelo nome no Soulseek e resultado era bem maior com o Raul do que com o Júpiter. E tem gente que defende a idéia estúpida. Afinal, Raul já estava morto quando o Júpiter compôs a canção.
Em 1999 saiu "PLastic Soda" e ele passou a se chamar Jupiter Apple. Fiquei viciado neste álbum. Escutei muito. Uma mistura deliciosa de bossa, jazz e psicodelia. Falando dele, me deu até vontade de ouvir novamente. A bossinha "Welcome to the shade" e a psicodélica "Head head" são obras importantes na minha formação musical, grudadas no tampão.
A discografia não fica aí, mas não conheço os álbuns posteriores tanto quanto os dois primeiros.
Transcrevo a letra de "Lugar do caralho"
Um Lugar Do Caralho
Júpiter Maçã
Composição: Júpiter Maçã
Eu preciso encontrarUm lugar legal pra mim
Dançar e me escabelar
Tem que ter um som legal
Tem que ter gente legal
E ter cerveja barata
Um lugar onde as pessoas
Sejam mesmo afudê
Um lugar onde as pessoas
Sejam loucas e super chapadas
Um lugar do caralho
Sozinho pelas ruas de São Paulo
Eu quero achar alguém pra mim
Um alguém tipo assim
Que goste de beber e falar
LSD queira tomar
E curta Syd Barrett e os Beatles
Um lugar e um alguém
Que tornarão-me mais feliz
Um lugar onde as pessoas
Sejam loucas e super chapadas
Um lugar do caralho
Lugar do caralho
Sozinho pelas ruas de São Paulo
Eu quero achar alguém pra mim
Um alguém tipo assim
Que goste de beber e falar
LSD queira tomar
E curta Syd Barrett e os Beatles
Um lugar e um alguém
Que tornarão-me mais feliz
Um lugar onde as pessoas
Sejam loucas e super chapadas
Um lugar do caralho
Lugar do caralho
Studio SP - www.studiosp.org - r. Augusta, 591, Consolação, região central, tel. 3129-7040
Quintas à meia noite - Dj Tatá Aeroplano
Berlin - Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 85, Barra Funda, São Paulo. (11) 3392-4594
Terças às 21 hs - Com o DJ Waltinho tocando só os melhores LPs do gênero - Entrada: 5 mangos.
http://www.clubeberlin.com.br/
Jazz, psicodelia e groove
"DHARMA SAMU é um projeto criado no fim de 2008, na zona leste de São Paulo, que se propõe a fazer releituras instrumentais e dançantes de músicas do LED ZEPPELIN. O grupo é formado pela junção de integrantes de duas bandas: Sotádicos e Mama Gumbo e conta com Alex Cruz – piano, teclados, Luiz Jesus – baixo, Márcio Bononi – percussão e Felipe Cirilo – bateria. A música feita pelo Dharma Samu não pode ser rotulada simplesmente como cover e deve ser vista como um novo direcionamento de antigas e geniais canções que são completamente rearranjadas e geralmente tomam um rumo totalmente diverso do original, criando novas possibilidades de visão sobre a obra da banda homenageada, além de abrirem espaço para a plena criatividade dos músicos que não se limitam a “copiarem” e sim a criarem em cima de arranjos já compostos. Temos então uma composição Zeppeliniana em arranjos funk/blax/jazzísticos com abertura total para improvisos e climas psicodélicos, trilhando caminhos impensáveis e criativos. Esse trabalho vem afirmar a música como algo sem barreiras, em constante mutação, algo ser criado e recriado, digerido e regurgitado, algo com possibilidades infinitas a serem descobertas, tentadas e repensadas, num movimento antropofágico e criador. O Dharma Samu ainda não possui gravações (somente essas gravações caseiras de um ensaio qualquer) mas prevê o lançamento de uma demo até o meio do ano."
Terças às 21 hs - Com o DJ Waltinho tocando só os melhores LPs do gênero - Entrada: 5 mangos.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Instantâneos 4
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Instantâneos 3
Na segunda, dia 06 de abril, eu estava curado. A conjuntivite, além de não me incomodar, não deixava sinais de que havia existido. As pálpebras desinchadas e com a coloração natural, não davam nenhuma pinta que continham bactérias loucas para encontrar outros olhos, outros hóspedes, outras lágrimas e outros cílios. Continuava perigoso chegar perto. Eu ainda contagiava aquele desconforto oftálmico. Meus olhos, então, procuraram os livros. E fizeram ali uma breve seleção até escolherem "Panamérica" de José Agripino de Paula. Eles queriam a psicodelia, a prosa livre, os maneirismos beat. O livro é de 1967 e os personagens foram conmtaminados com minha conjuntivite. Nem todos, mas pelo menos o narrador e Marilyn Monroe vão ter que visitar o oftalmologista. Sim, sim, o Agripino é doido. Além dela, lá ainda estão vários figurões de Hollywood: Clark Gable, Burt Lancaster, Cary Grant, Marlon Brando, diretores de cinema, os Irmãos Marx e o escambau! Um trecho do livro, com o jogador Di Maggio e Marilyn Monroe (ainda sem ter pego minha conjuntivite):
"A multidão se encontrava paralisada nas arquibancadas e todos pressentiam que iriam ser esquartejados. Di Maggio deu um segundo grito potente e terrível saltando para cima e agitando a foice. Di Maggio partiu veloz contra a multidão de espectadores, que fugia em pânico. Di Maggio degolou os quarenta guardas que ocupavam o alambrado com um só movimento de foice, e depois partiu esquartejando os espectadores. Saltavam cabeças, pernas, braços, corpos para todos os lados e aqueles que não eram esquartejados pela foice eram esmagados pelos pés de Di Maggio. Di Maggio, depois de ter exterminado todos os espectadores, juízes, fotógrafos, repórteres, cinegrafistas, vendedores de coca-cola, destruía o estádio pontapés. (...) O atleta, coberto de suor, sangue e cinza, olhou para Marilyn Monroe,
que se encontrava indefesa no centro do campo entre os destroços do estádio de futebol e entre as cabeças, pernas e braços dos cadáveres esquartejados. (...) Di Maggio olhou para Marilyn e cresceu o seu falo, suspendendo a calça de Di Maggio. O herói rancou violentamente a roupa e saltou para fora o seu falo imenso de dois metros de comprimento. Di Maggio correu nu entre os escombros balançando o seu falo imenso de dois metros de comprimento e abraçou Marilyn. Marilyn soltou um pequeno gemido e se abandonou nos braços do herói"
sábado, 11 de abril de 2009
Instantâneos 2
No auge da conjuntivite (sexta dia 03 de abril) o pôr do sol estava alaranjado como só o outono consegue proporcionar. Eu não podia perdê-lo. Meus olhos pareciam uma câmera Polaroid: as cores ficaram mais fortes, mais vivas, quase irreais, granuladas. Na Polaroid, para adiantar o resultado, abana-se a foto ao vento; eu balançava um pouco a cabeça para enxergar melhor aquele laranja agudo. Durante todo o dia fugi da claridade. Perto das 18 horas eu quis olhar fundo para o sol. Como um colírio laranja. Acordei muito bem no sábado, sem os sintomas e até discotequei no restaurante.
(essa balançada de cabeça me lembrou um clipe que gosto muito e que tem a ver com os sons que tenho escutado ultimamente. Nunca parei de ouvir, desde os 90´s, claro. Mas nesses dias de molho oftálmico, o gênero trip-hop - ou downtempo, como queiram - tem me trazido conforto aos ouvidos. O clipe é "Hell is round the corner" do Tricky. Ele fez parte do coletivo Massive Attack em 1995, depois gravou álbuns solos. A música tem uma levada de baixo sampleada do Isaac Hayes na música "Ike´s rap 3", também usada pelo Portishead em "Glory box" e pelos Racionais MCs em "Jorge de Capadócia". Adoro o contraponto do Tricky cantando e a cantora Martina suavizando. Confira abaixo)
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Instantâneos
Sexta feira 27/03, uma semana antes do auge da conjuntivite, meus olhos - bem vermelhos - prestaram muita atenção na rua. Avenida Liberdade. Meia noite. Trezentos e sessenta graus para visualizar o metrô São Joaquim, o fast food árabe famoso, gente passando, a ambulância nervosa, trabalhadores descarregando o caminhão, gente passando, o bar a fechar (aquele que eu enchi a cara),um novo restaurante japonês cheirando a carro zero, gente passando, um universitário falando sozinho no ponto de ônibus (quando ele percebeu que virei platéia aumentou o volume da voz), meu reflexo no vidro misturado com um casal que brigava dentro do fast food árabe, duas esfihas dentro da caixa se oferecendo ao som das vozes de minhas duas amigas: pegue uma esfiha! Meu cigarro chegou ao fim.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Jon Spencer no Brasil (sem o Blues Explosion)
O recente projeto dele se chama "Heavy Trash". Tem influências do rockabilly e do country tradicional, lotado de brilhantina e casacos de couro. Formada por Jon Spencer, Matt Verta-Ray e com a base da banda dinamarquesa Power Solo tocam em apresentações no Abril Pro Rock em Recife e em São Paulo nas unidades do SESC Sorocaba, Araraquara e Bauru e no StudioSP. Bela notícia! Em São Paulo a data no Studio SP é numa quarta, dia 22 de abril. Bela notícia!
A banda Jon Spencer Blues Explosion já tocou no festival Abril Pro Rock em 2001 lá em Recife e numa versão reduzida do festival aqui em São Paulo. Eu perdi, idiota que sou. Também perdi Stereolab, Atari Teenage Riot e Nouvelle Vague. Mas assisti Asian Dub Foundation!
Jon Spencer sempre esteve envolvido em projetos interessantes: a barulhenta banda "Pussy Galore", a banda da esposa sexy Cristina Martinez "Boss Hog", além das duas já citadas acima.
Veja, abaixo, um clipe da música "Dark haird rider". Bem no espírito. Enjoy it!
domingo, 22 de março de 2009
Vinil com feijoada todos os sábados
O cardápio não tem só feijoada: sai uma truta com molho de champignon, frango grelhado e picanha. Porções também.
Então ficamos assim: do meio dia às 18 horas estou lá para musicar o almoço. Tento não tocar tanta farofa, mas sabe como é, né? Feijoada sem farofa...
Apareçam! Nem que seja só pra tomar uma cerveja no coração da Mooca.
terça-feira, 10 de março de 2009
Vinil com Feijoada
Repetindo a dose de comida escutando discos de vinil. Agora não será festa como no Bote do Jesus, mas um almoço mesmo. Se virar festa...lucro! Pra dona do restaurante, lógico. Colocarei rock e blues pra dançar...e me perdoem, mas aqui farofa acompanha. É...desta vez não poderei tocar Dirtbombs, Libertines, Replicantes, Pixies e afins, mas prometo rechear alguns sons do Creedence e Guns´n´Roses com The Who e Jimi Hendrix. Tropicália também rola. Aguardo vocês lá, afinal ganho em cima de cada feijoada vendida.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Considerações pós-considerações
O texto anterior ficou muito grande e não fiz outras e necessárias considerações sobre a primeira semana de fevereiro. Entrarão como pós-considerações (que se foda o novo acordo ortográfico).
Segunda e terça (02 e 03/02): fiquei atrás do técnico que venderia a pick-up e o mixer usados. Ele tem uma loja empoeirada e amontoada de tralhas. Liquidificadores antigos misturados com TVs de
Repeti muito aqui no texto o “imbroglio” que foi adquirir essa aparelhagem, porque realmente me afetou o humor. E, no fim, deu tudo certo. Tanto que o negócio foi fechado no dia do aniversário. Sem contar que consegui fugir dos cumprimentos fingidos dos colegas de trabalho, já que não fui trabalhar. Descobri também, através do blog do Malta que o vocalista dos “Cramps”, Lux Interior, morreu um dia antes. A banda é uma das minhas preferidas, junto com Jon Spencer Blues Explosion, Queens of Stone Age, Dirtbombs, Mudhoney. É uma banda que, mesmo depois de 30 anos continua underground. Outro dia falo deles. Mas fiquei triste de ver gente da Monstro Discos tentar trazê-los e não conseguir.
Ainda fui no largo do Belém buscar uma agulha para a pick-up numa loja que não fecha nem no natal, mas não achei. Na volta encontrei o Clayton, e cidadão do bairro que toca em 350 bandas ao mesmo tempo. Estava de mala e cuia indo pro Rio tocar com o "Cidadão Instigado para abrir o show da banda “Little Joy”, mistura de "Los Hermanos "(Rodrigo Amarante) e "Strokes" (Fabrizio Moretti). “Então sábado você está de volta para a festa do vinil?”, perguntei . Ele respondeu que estaria de volta no sábado, mas para tocar com o "Astronauta Pingüim" no SESC Pompéia: 351ª banda. Nem cerveja tomamos. Na quinta e no sábado.
Na festa, só bebi água. Um pouco de cerveja. Quis me aperfeiçoar na habilidade de escolher músicas. E se tivesse muito álcool na cabeça, faria tudo errado. Sem contar que precisava encarar o Belfiore de madrugada e assistir os Butchers.
Ganhei alguns presentinhos, afinal era uma festa de aniversário. O Malta me deu um livro legal, gostoso de ler e de um assunto pertinente: “Criaturas flamejantes” de Nick Tosches. O livro fala do nascimento do rock sob ângulos inusitados. Ele disserta sobre a palavra “rock´n´roll”, sobre o ambiente do parto, sobre quem falava e cantava o ritmo do demônio. Uma delícia. Belo presente. Ganhei outras cosas com muito carinho também. Mas o presewnte involuntário de maior peso foi o show dos Thee Butchers Orchestra. Porra...os caras não se reuniam há dois anos e fizeram a apresentação na mesma semana das minhas comemorações. Adorei!
Pensa bem...cerveja Guinness, comida Tex-Mex, ambiente conhecido e manjado com o show dos garageiros. Eu ia ate falar mal da discotecagem que não tinha nada a ver com o show e da freqüência que ficou meio chata – talvez por causa da pouca idade - mas seria posar de mal agradecido com um presentinho tão interessante.
Engraçado foi ver um câmera atrás de takes do Adriano Butcher, que hoje faz parte do Cansei de Ser Sexy, CSS. O cara não desgrudava. Sabe aqueles desenhos que o personagem olhava e transformava o que via em comida? O Pica Pau olhava uma galinha e logo sonhava com um ensopado. Pois é: o câmera olha pro Adriano e só vê cifrão.
Outro domingo para lagartixar.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Considerações domingueiras (01/02 a 07/02)
1 - A cópia
Copiando descaradamente um blog que leio sempre, o “Taisando”, vou falar um pouco sobre a semana passada em forma de notas. Ou considerações, como diz o título. Até isso copiei de lá. Pode ser também que eu copie a idéia de transferir este blogue pro “wordpress”. Não aguento mais ver textos com fontes de estilos e tamanhos diferentes por causa de erros de HTML. Não gosto de programação: o blog tem que fazer isso por mim. Pelo amor de Deus!
2 - Semana agitada
Semana passada foi agitada. No domingo, dia primeiro de fevereiro, descobri que a semana teria dois shows que eu não podia perder. Aliás, teria mais de dois shows que eu queria muito ver, mas dois eram imperdíveis pra mim:
O show da terça
1 - Rockers Control no SESC Pompéia: a banda já tem dez anos e lançou no evento “Prata da Casa” o seu primeiro CD, o “Jacuípe Sessions” gravado na Barra do Jacuípe, litoral norte de Salvador. Segundo o site da Traquitana - selo dos Rockers Control – entre “um momento de inspiração, uma pausa para o almoço, um mergulho no mar e outro na música, mais de 60 faixas foram gravadas em longas e diárias sessões de improviso”. Showzaço! É uma banda de dub que conheci tocando no “Susi in Dub”, uma festa que acontecia às sextas no clube “Susi in transe”. Era um clube que funcionava na boca do lixo, na Rua Aurora, e que tocava música eletrônica moderna, de ponta mesmo, mas era um porão escuro, pequeno, inferninho, sabe? Nunca fui quando tocava música eletrônica, mas sei que vários DJs brasileiros que hoje são sucesso lá fora, tocaram ali. Desde a quinta à noite até a segunda de manhã ele não fechava. Começava com uma festa normal à meia noite na quinta, emendava com um after hours de manhã e fechava o dia com um chill out. Aí na sexta, a pausa pro dub. No sábado tudo de novo até chegar na segunda de manhã. A festa de dub hoje acontece no clube Hole e se chama Java. Dentro da programação sempre tinha – e ainda tem - algum DJ convidado ou um MC pra cantar em cima das batidas, mas na noite que conheci a festa, os Rockers Control eram os convidados. Diversão garantida. Sorriso no rosto, todo mundo suando, cozinha de baixo e bateria arregaçando no suingue jamaicano e a fumaça sobrevoando o ambiente. E não foi diferente na chopperia do SESC Pompéia: terça feira quente e a banda estava igualzinha, com o mesmo pique e com os mesmos sorrisos, o público dançando e cheio de fumaça.
O show do sábado
2 – Thee Butchers Orchestra no CB (Clube Belfiore): banda de punk blues que conheci num festival de música independente no Tendal da Lapa, por volta de
3 - A festa
Semana passada não foi só agitada por causa dos shows. Fiz aniversário na quinta feira. E quer dia melhor pra bundar por aí do que no dia de aniversário? Aproveitei para compensar meu banco de horas e não fui trabalhar. Fiz compras. Adquiri um mixer e mais uma pick-up para tocar meus vinis na festa.
Contar com técnicos de eletrônica que mexem com aparelhagens antigas é um aprendizado e tanto. Me tornaria um monge zen-budista se ficasse um mês atrás destas figuras empoeiradas e sem desodorante. Paciência e bom humor são fundamentais na negociação. Não criar expectativas também é requisito básico.
Sem incomodar quem lê este texto, o resumo é que fiquei até sábado de manhã (07/02, dia da festa) sem a aparelhagem completa. Os técnicos prometeram e prometeram e prometeram por dez dias seguidos o famoso “amanhã tá na mão!”. Mas deu tudo certo: às 13:00 hs do sábado arrumei o equipamento e a festa começou às quinze horas.
A festa foi outro motivo de agitação na semana. Boteco cheio, comidinhas típicas de balcão, amigos e amigas chegando no sábado ensolarado (que depois virou chuva muito forte) e eu tomando água a festa inteira para poder discotecar com a aparelhagem nova (vintage, usada, mas nova para mim) e poder ir ao showsdos Thee Butchers Orchestra no CB que rolaria na madrugada.
A festa pegou fogo quando começou a chover. O bar estava lotado na calçada e a chuva trouxe todos para dentro. Parece que os ânimos pegaram fogo nesta hora. Tinha gente que equilibrava cerveja (garrafas e copos) na cabeça, que puxava a água com rodo, que dançava com bastante vontade, que se abraçava, que fazia excursões para fumar um baseado e eu, que musiquei com bastante força para acompanhar o espírito zombeteiro. Era tudo o que eu queria: diversão garantida.
4 - A pior
E contrariando a famosa frase “last, but not least” deixo por último a pior consideração. Uma vaia para o meu trabalho. Me deixou tenso, irritado, cansado e sem ânimo para escrever nesta semana passada. Chego cedo, saio tarde e não vejo nenhuma vantagem de trabalhar tanto a não ser mendigar espaço no capitalismo idiota. Gosto de trabalhar, detesto sair fora da medida. Ainda não sei que lição tirar disso. Logo descansarei em férias