segunda-feira, 13 de abril de 2009

Instantâneos 3



Na segunda, dia 06 de abril, eu estava curado. A conjuntivite, além de não me incomodar, não deixava sinais de que havia existido. As pálpebras desinchadas e com a coloração natural, não davam nenhuma pinta que continham bactérias loucas para encontrar outros olhos, outros hóspedes, outras lágrimas e outros cílios. Continuava perigoso chegar perto. Eu ainda contagiava aquele desconforto oftálmico. Meus olhos, então, procuraram os livros. E fizeram ali uma breve seleção até escolherem "Panamérica" de José Agripino de Paula. Eles queriam a psicodelia, a prosa livre, os maneirismos beat. O livro é de 1967 e os personagens foram conmtaminados com minha conjuntivite. Nem todos, mas pelo menos o narrador e Marilyn Monroe vão ter que visitar o oftalmologista. Sim, sim, o Agripino é doido. Além dela, lá ainda estão vários figurões de Hollywood: Clark Gable, Burt Lancaster, Cary Grant, Marlon Brando, diretores de cinema, os Irmãos Marx e o escambau! Um trecho do livro, com o jogador Di Maggio e Marilyn Monroe (ainda sem ter pego minha conjuntivite):


"A multidão se encontrava paralisada nas arquibancadas e todos pressentiam que iriam ser esquartejados. Di Maggio deu um segundo grito potente e terrível saltando para cima e agitando a foice. Di Maggio partiu veloz contra a multidão de espectadores, que fugia em pânico. Di Maggio degolou os quarenta guardas que ocupavam o alambrado com um só movimento de foice, e depois partiu esquartejando os espectadores. Saltavam cabeças, pernas, braços, corpos para todos os lados e aqueles que não eram esquartejados pela foice eram esmagados pelos pés de Di Maggio. Di Maggio, depois de ter exterminado todos os espectadores, juízes, fotógrafos, repórteres, cinegrafistas, vendedores de coca-cola, destruía o estádio pontapés. (...) O atleta, coberto de suor, sangue e cinza, olhou para Marilyn Monroe,
que se encontrava indefesa no centro do campo entre os destroços do estádio de futebol e entre as cabeças, pernas e braços dos cadáveres esquartejados. (...) Di Maggio olhou para Marilyn e cresceu o seu falo, suspendendo a calça de Di Maggio. O herói rancou violentamente a roupa e saltou para fora o seu falo imenso de dois metros de comprimento. Di Maggio correu nu entre os escombros balançando o seu falo imenso de dois metros de comprimento e abraçou Marilyn. Marilyn soltou um pequeno gemido e se abandonou nos braços do herói"




3 comentários:

Deh disse...

Nossa

Realmente piscodelico!!!

Me lembrou (bem de longe) Macunaima. Coisas malucas e meio estranhas de imaginar....

bjos

Vivi Peron disse...

Meu, esse livro é muito louco...O + ilário foi a leitura hj no bote rsrs.
Bjus!!!!!!!!!!

Vivi Peron disse...

*correção da palavra acima = hilário rsrs.