segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009


Quinta (05/02) : apareci bem cedo na loja empoeirada e só peguei a pick-up. Afinal, tinha dado um sinal que equivalia ao preço dela. Estava imunda. Ele fez uma limpeza “mais ou menos” e saí correndo até o Ipiranga para procurar um mixer. Atendimento perfeito, atenção e nada empoeirado nesta outra loja. Saí de lá satisfeito. Como era meu aniversário ficamos bundando o dia inteiro, parando de boteco em boteco no Ipiranga, na Mooca e no Belém. Vimos a chuva alagar a cidade, vimos o sol esquentar até arder e pude, até que enfim, testar os aparelhos. Foi um belo presente este mixer. A sensação de misturar duas músicas sem um buraco entre uma e outra (crossfade) é bem legal. Sabe-se lá quantos anos esperava por isso. Sim, sim, é uma coisa simples, podia ter investido há muito tempo, mas a consciência pesada de gastar dinheiro numa coisa fútil e desnecessária bate com força. Quando ia à analista, ela sempre me recomendava: aposte nesse seu conhecimento musical, faça algo que tenha a ver com música.
Repeti muito aqui no texto o “imbroglio” que foi adquirir essa aparelhagem, porque realmente me afetou o humor. E, no fim, deu tudo certo. Tanto que o negócio foi fechado no dia do aniversário. Sem contar que consegui fugir dos cumprimentos fingidos dos colegas de trabalho, já que não fui trabalhar. Descobri também, através do blog do Malta que o vocalista dos “Cramps”, Lux Interior, morreu um dia antes. A banda é uma das minhas preferidas, junto com Jon Spencer Blues Explosion, Queens of Stone Age, Dirtbombs, Mudhoney. É uma banda que, mesmo depois de 30 anos continua underground. Outro dia falo deles. Mas fiquei triste de ver gente da Monstro Discos tentar trazê-los e não conseguir.
Ainda fui no largo do Belém buscar uma agulha para a pick-up numa loja que não fecha nem no natal, mas não achei. Na volta encontrei o Clayton, e cidadão do bairro que toca em 350 bandas ao mesmo tempo. Estava de mala e cuia indo pro Rio tocar com o "Cidadão Instigado para abrir o show da banda “Little Joy”, mistura de "Los Hermanos "(Rodrigo Amarante) e "Strokes" (Fabrizio Moretti). “Então sábado você está de volta para a festa do vinil?”, perguntei . Ele respondeu que estaria de volta no sábado, mas para tocar com o "Astronauta Pingüim" no SESC Pompéia: 351ª banda. Nem cerveja tomamos. Na quinta e no sábado.


1 comentário:

nelson chanquini disse...

se gosta de uma coisa não pense no preço, viu só o bem que isso está te fazendo...