quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O show do sábado



2 – Thee Butchers Orchestra no CB (Clube Belfiore): banda de punk blues que conheci num festival de música independente no Tendal da Lapa, por volta de 2001. A sujeira no rock sempre me agradou e eles sabem fazer um rock sujo. Nem baixo tem: são duas guitarras no talo. Inspirados em “Pussy Galore” e “Oblivians” – entre outras bandas – infernizam qualquer ambiente com um som garageiro e agressivo. Gosto de bandas que fazem os músicos trabalharem de verdade, suar até pingar e se divertirem no palco. Para essa orquestra de açougueiros isso é comum e muito simples. Lembro que o Marco Butcher (guitarrista ligado num amplificador de baixo) neste show do Tendal da Lapa tocava e ficava medindo a distância entre sua cabeça e o teto pra ver se podia dar uns pulos sem se machucar. Subir nos bumbos da bateria é coisa normal pra banda. O Adriano Butcher (que toca a outra guitarra e hoje é o mentor da banda hype “Cansei de ser Sexy"CSS) sempre pediu cerveja pra platéia. Um, dois, três, quatro e uma microfonia invade o palco antes do primeiro acorde. Comecei a ir em vários shows e, um dos primeiros logo após o festival no Tendal, foi na Casa Belfiore. Foi num sábado à tarde delicioso, ensolarado, bebendo Guinness, garage soul nas pick-ups, brechó no lado de fora no bar, amigos por toda a parte. Como a Casa Belfiore fica no meio de um bairro residencial, o show acabou com a polícia. E todos os outros shows que assisti aos sábados lá, a vizinha advogada chamava a polícia. Assim nasceu o Clube Belfiore. Em outro endereço que não incomoda ninguém. E, nesse último sábado, dia 07 de fevereiro, não podiam deixar de tocar no Belfiore. A banda não tocava junto há um tempão e, aproveitando as férias de Adriano do CSS, fizeram outro showzaço no Belfiore. Tudo igual: barulho, refrões com “babe”, Adriano pedindo cerveja e Marco zunindo os ouvidos com sua guitarra barulhenta.


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