segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Considerações pós-considerações


O texto anterior ficou muito grande e não fiz outras e necessárias considerações sobre a primeira semana de fevereiro. Entrarão como pós-considerações (que se foda o novo acordo ortográfico).




Domingo 01/02: ressacona braba! Sentamos no Bote do Jesus no sábado (31/01) às 13 horas e saímos às vinte e duas. Foi a primeira vez que colocamos uma mesa na calçada e foi chegando gente, chegando gente. Uma forma de testar, uma semana antes da festa, como seriam mesas para fora do bar. Teve briga por causa de política, teve choro por causa de filhos crescendo, teve vizinho que me olhou com cara de “ta morando no bar ?”. Mas, principalmente teve muito sol, lua linda, brisa doce e morna, papos e mais papos. O domingo serviu para lagartixar e descobrir como a semana seria agitada.



Segunda (02/02): em outro post disse que comprei uns discos de vinil (3 por 20 mangos) num lugar bem insalubre. Pois é, eles alugaram uma loja enorme na Rua da Mooca e colocaram todos os discos lá. Assim como as condições melhoraram, os preços também subiram. Resultado: quinze discos de vinil. Gastei uma grana lá, mesmo com os 20% de desconto que ele me deu. Mas saí com 2 clássicos da Gal Costa: o “Legal” e o “Gal Costa”. Saí com 3 discos antigos da Rita Lee com a banda Tutti Frutti. Uma coletânea do David Bowie, o “Nevermind” do Nirvana, o segundo dos ”Replicantes”, o “Refazenda” do Gil, o “Revolver” dos Beatles, uam coletânea do “The Who” e ainda outros. (Me preprarando para discotecar no sábado).




Segunda e terça (02 e 03/02)
: fiquei atrás do técnico que venderia a pick-up e o mixer usados. Ele tem uma loja empoeirada e amontoada de tralhas. Liquidificadores antigos misturados com TVs de 14 polegadas, fios e fios, torradeiras, amplificadores de guitarra, vídeo games, pó, pó, pó, livros, revista pornográficas, a lâmpada do teto falhando e insetos que devem fazer a festa à noite. Eu almocei ao lado da loja dele, num boteco, para achá-lo. Nos dois dias a porta ficou baixada. Antes de trabalhar e quando eu saía do trabalho, passava lá e a loja...fechada. O cara tinha prometido para terça e a loja...fechada. Comecei a ficar preocupado.


Mas na terça (03/02) também teve o show dos “Rockers Control”. Desta vez cheguei cedo no SESC e consegui pegar ingressos antecipados gratuitos. Duas semanas antes perdi o show da “Cachorro Grande” e dos “Autoramas” por chegar tarde. Gosto de shows na Chopperia do SESC Pompéia, mas desta vez abusaram da nossa paciência. Só um caixa para vender as fichas de bebida e comida. Fila enorme. E, para desacreditar de vez, tinha outro caixa funcionando escondido e nenhum funcionário indicava. Quem descobria comprava rapidinho e um monte de trouxas esperando uma geração inteira na fila. Tudo bem. Mesmo porque, sempre que vou ao SESC esquento os tamborins no Valadares, boteco clássico ali da região. Nessa semana, ainda vi no programa do Gugu (bleargh!) aquele repórter débil mental (nada contra deficientes mentais) enorme, que fazia um quadro com o ET, numa matéria sobre comidas exóticas lá no Valadares. Mostraram o famoso testículo de galo que eles servem por lá. Nunca comi, mas recomendo a rã que eles fazem.


Quarta (04/02): o meu banco de horas no trabalho acumulou dois dias e iria tirar a quarta para testar os aparelhos da loja empoeirada. A loja nem abriu e decidi que na quinta (05/02) tiraria o dia para comprá-los em outro lugar e testá-los em casa. O lado bom é que coincidiu de não trabalhar no dia do meu aniversário. Sábado estava chegando e nada na minha mão.



Quinta (05/02) : apareci bem cedo na loja empoeirada e só peguei a pick-up. Afinal, tinha dado um sinal que equivalia ao preço dela. Estava imunda. Ele fez uma limpeza “mais ou menos” e saí correndo até o Ipiranga para procurar um mixer. Atendimento perfeito, atenção e nada empoeirado nesta outra loja. Saí de lá satisfeito. Como era meu aniversário ficamos bundando o dia inteiro, parando de boteco em boteco no Ipiranga, na Mooca e no Belém. Vimos a chuva alagar a cidade, vimos o sol esquentar até arder e pude, até que enfim, testar os aparelhos. Foi um belo presente este mixer. A sensação de misturar duas músicas sem um buraco entre uma e outra (crossfade) é bem legal. Sabe-se lá quantos anos esperava por isso. Sim, sim, é uma coisa simples, podia ter investido há muito tempo, mas a consciência pesada de gastar dinheiro numa coisa fútil e desnecessária bate com força. Quando ia à analista, ela sempre me recomendava: aposte nesse seu conhecimento musical, faça algo que tenha a ver com música.
Repeti muito aqui no texto o “imbroglio” que foi adquirir essa aparelhagem, porque realmente me afetou o humor. E, no fim, deu tudo certo. Tanto que o negócio foi fechado no dia do aniversário. Sem contar que consegui fugir dos cumprimentos fingidos dos colegas de trabalho, já que não fui trabalhar. Descobri também, através do blog do Malta que o vocalista dos “Cramps”, Lux Interior, morreu um dia antes. A banda é uma das minhas preferidas, junto com Jon Spencer Blues Explosion, Queens of Stone Age, Dirtbombs, Mudhoney. É uma banda que, mesmo depois de 30 anos continua underground. Outro dia falo deles. Mas fiquei triste de ver gente da Monstro Discos tentar trazê-los e não conseguir.
Ainda fui no largo do Belém buscar uma agulha para a pick-up numa loja que não fecha nem no natal, mas não achei. Na volta encontrei o Clayton, e cidadão do bairro que toca em 350 bandas ao mesmo tempo. Estava de mala e cuia indo pro Rio tocar com o "Cidadão Instigado para abrir o show da banda “Little Joy”, mistura de "Los Hermanos "(Rodrigo Amarante) e "Strokes" (Fabrizio Moretti). “Então sábado você está de volta para a festa do vinil?”, perguntei . Ele respondeu que estaria de volta no sábado, mas para tocar com o "Astronauta Pingüim" no SESC Pompéia: 351ª banda. Nem cerveja tomamos. Na quinta e no sábado.



Sexta (06/02): cheguei em casa louco para continuar com a brincadeira das músicas em crossfade. A pick-up estava tão suja que resolvi limpar. Fodi a porra! Quebrei o braço do toca disco. A sensibilidade do pêndulo do braço é algo tão bicha (nada contra as bichas) que fiquei no zero de novo. Dormi emburrado e com o cú na mão. Acordei de madrugada e soube o que faria no sábado pela manhã.



Sábado (07/02): cedísssimo cheguei na porta da loja do Ipiranga e mais uma vez satisfeito com o atendimento, saí de lá com o que precisava para fazer a festa.
Na festa, só bebi água. Um pouco de cerveja. Quis me aperfeiçoar na habilidade de escolher músicas. E se tivesse muito álcool na cabeça, faria tudo errado. Sem contar que precisava encarar o Belfiore de madrugada e assistir os Butchers.
Ganhei alguns presentinhos, afinal era uma festa de aniversário. O Malta me deu um livro legal, gostoso de ler e de um assunto pertinente: “Criaturas flamejantes” de Nick Tosches. O livro fala do nascimento do rock sob ângulos inusitados. Ele disserta sobre a palavra “rock´n´roll”, sobre o ambiente do parto, sobre quem falava e cantava o ritmo do demônio. Uma delícia. Belo presente. Ganhei outras cosas com muito carinho também. Mas o presewnte involuntário de maior peso foi o show dos Thee Butchers Orchestra. Porra...os caras não se reuniam há dois anos e fizeram a apresentação na mesma semana das minhas comemorações. Adorei!
Pensa bem...cerveja Guinness, comida Tex-Mex, ambiente conhecido e manjado com o show dos garageiros. Eu ia ate falar mal da discotecagem que não tinha nada a ver com o show e da freqüência que ficou meio chata – talvez por causa da pouca idade - mas seria posar de mal agradecido com um presentinho tão interessante.
Engraçado foi ver um câmera atrás de takes do Adriano Butcher, que hoje faz parte do Cansei de Ser Sexy, CSS. O cara não desgrudava. Sabe aqueles desenhos que o personagem olhava e transformava o que via em comida? O Pica Pau olhava uma galinha e logo sonhava com um ensopado. Pois é: o câmera olha pro Adriano e só vê cifrão.
Outro domingo para lagartixar.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Considerações domingueiras (01/02 a 07/02)


1 - A cópia

Copiando descaradamente um blog que leio sempre, o “Taisando”, vou falar um pouco sobre a semana passada em forma de notas. Ou considerações, como diz o título. Até isso copiei de lá. Pode ser também que eu copie a idéia de transferir este blogue pro “wordpress”. Não aguento mais ver textos com fontes de estilos e tamanhos diferentes por causa de erros de HTML. Não gosto de programação: o blog tem que fazer isso por mim. Pelo amor de Deus!


2 - Semana agitada


Semana passada foi agitada. No domingo, dia primeiro de fevereiro, descobri que a semana teria dois shows que eu não podia perder. Aliás, teria mais de dois shows que eu queria muito ver, mas dois eram imperdíveis pra mim:



O show da terça



1 - Rockers Control no SESC Pompéia: a banda já tem dez anos e lançou no evento “Prata da Casa” o seu primeiro CD, o “Jacuípe Sessions” gravado na Barra do Jacuípe, litoral norte de Salvador. Segundo o site da Traquitana - selo dos Rockers Control – entre “um momento de inspiração, uma pausa para o almoço, um mergulho no mar e outro na música, mais de 60 faixas foram gravadas em longas e diárias sessões de improviso”. Showzaço! É uma banda de dub que conheci tocando no “Susi in Dub”, uma festa que acontecia às sextas no clube “Susi in transe”. Era um clube que funcionava na boca do lixo, na Rua Aurora, e que tocava música eletrônica moderna, de ponta mesmo, mas era um porão escuro, pequeno, inferninho, sabe? Nunca fui quando tocava música eletrônica, mas sei que vários DJs brasileiros que hoje são sucesso lá fora, tocaram ali. Desde a quinta à noite até a segunda de manhã ele não fechava. Começava com uma festa normal à meia noite na quinta, emendava com um after hours de manhã e fechava o dia com um chill out. Aí na sexta, a pausa pro dub. No sábado tudo de novo até chegar na segunda de manhã. A festa de dub hoje acontece no clube Hole e se chama Java. Dentro da programação sempre tinha – e ainda tem - algum DJ convidado ou um MC pra cantar em cima das batidas, mas na noite que conheci a festa, os Rockers Control eram os convidados. Diversão garantida. Sorriso no rosto, todo mundo suando, cozinha de baixo e bateria arregaçando no suingue jamaicano e a fumaça sobrevoando o ambiente. E não foi diferente na chopperia do SESC Pompéia: terça feira quente e a banda estava igualzinha, com o mesmo pique e com os mesmos sorrisos, o público dançando e cheio de fumaça.


O show do sábado



2 – Thee Butchers Orchestra no CB (Clube Belfiore): banda de punk blues que conheci num festival de música independente no Tendal da Lapa, por volta de 2001. A sujeira no rock sempre me agradou e eles sabem fazer um rock sujo. Nem baixo tem: são duas guitarras no talo. Inspirados em “Pussy Galore” e “Oblivians” – entre outras bandas – infernizam qualquer ambiente com um som garageiro e agressivo. Gosto de bandas que fazem os músicos trabalharem de verdade, suar até pingar e se divertirem no palco. Para essa orquestra de açougueiros isso é comum e muito simples. Lembro que o Marco Butcher (guitarrista ligado num amplificador de baixo) neste show do Tendal da Lapa tocava e ficava medindo a distância entre sua cabeça e o teto pra ver se podia dar uns pulos sem se machucar. Subir nos bumbos da bateria é coisa normal pra banda. O Adriano Butcher (que toca a outra guitarra e hoje é o mentor da banda hype “Cansei de ser Sexy"CSS) sempre pediu cerveja pra platéia. Um, dois, três, quatro e uma microfonia invade o palco antes do primeiro acorde. Comecei a ir em vários shows e, um dos primeiros logo após o festival no Tendal, foi na Casa Belfiore. Foi num sábado à tarde delicioso, ensolarado, bebendo Guinness, garage soul nas pick-ups, brechó no lado de fora no bar, amigos por toda a parte. Como a Casa Belfiore fica no meio de um bairro residencial, o show acabou com a polícia. E todos os outros shows que assisti aos sábados lá, a vizinha advogada chamava a polícia. Assim nasceu o Clube Belfiore. Em outro endereço que não incomoda ninguém. E, nesse último sábado, dia 07 de fevereiro, não podiam deixar de tocar no Belfiore. A banda não tocava junto há um tempão e, aproveitando as férias de Adriano do CSS, fizeram outro showzaço no Belfiore. Tudo igual: barulho, refrões com “babe”, Adriano pedindo cerveja e Marco zunindo os ouvidos com sua guitarra barulhenta.


3 - A festa



Semana passada não foi só agitada por causa dos shows. Fiz aniversário na quinta feira. E quer dia melhor pra bundar por aí do que no dia de aniversário? Aproveitei para compensar meu banco de horas e não fui trabalhar. Fiz compras. Adquiri um mixer e mais uma pick-up para tocar meus vinis na festa.

Contar com técnicos de eletrônica que mexem com aparelhagens antigas é um aprendizado e tanto. Me tornaria um monge zen-budista se ficasse um mês atrás destas figuras empoeiradas e sem desodorante. Paciência e bom humor são fundamentais na negociação. Não criar expectativas também é requisito básico.

Sem incomodar quem lê este texto, o resumo é que fiquei até sábado de manhã (07/02, dia da festa) sem a aparelhagem completa. Os técnicos prometeram e prometeram e prometeram por dez dias seguidos o famoso “amanhã tá na mão!”. Mas deu tudo certo: às 13:00 hs do sábado arrumei o equipamento e a festa começou às quinze horas.

A festa foi outro motivo de agitação na semana. Boteco cheio, comidinhas típicas de balcão, amigos e amigas chegando no sábado ensolarado (que depois virou chuva muito forte) e eu tomando água a festa inteira para poder discotecar com a aparelhagem nova (vintage, usada, mas nova para mim) e poder ir ao showsdos Thee Butchers Orchestra no CB que rolaria na madrugada.

A festa pegou fogo quando começou a chover. O bar estava lotado na calçada e a chuva trouxe todos para dentro. Parece que os ânimos pegaram fogo nesta hora. Tinha gente que equilibrava cerveja (garrafas e copos) na cabeça, que puxava a água com rodo, que dançava com bastante vontade, que se abraçava, que fazia excursões para fumar um baseado e eu, que musiquei com bastante força para acompanhar o espírito zombeteiro. Era tudo o que eu queria: diversão garantida.


4 - A pior



E contrariando a famosa frase “last, but not least” deixo por último a pior consideração. Uma vaia para o meu trabalho. Me deixou tenso, irritado, cansado e sem ânimo para escrever nesta semana passada. Chego cedo, saio tarde e não vejo nenhuma vantagem de trabalhar tanto a não ser mendigar espaço no capitalismo idiota. Gosto de trabalhar, detesto sair fora da medida. Ainda não sei que lição tirar disso. Logo descansarei em férias



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O LP que não comprei



Eu acompanhei a crise econômica mundial dos últimos meses de duas formas: de forma séria - como um evento histórico importante que merece atenção - e de forma debochada - como uma espécie de vingança, sabe aquela do prato frio? Pois é, não posso me alienar de um fato tão importante da minha época, mas ao mesmo tempo adoro ver o centro do capitalismo ameaçado.

Enquanto escrevo, dois fóruns mundiais, o de Darvos (na Suíça) e o Social (em Belém do Pará) discutem a crise, também sob ângulos opostos. Para os representantes do neo-liberalismo reunidos em Darvos, alguns fantasmas marxistas podem se tornar realidade – estatização, por exemplo. E para os esquerdistas em Belém talvez uma ou outra estratégia suja e velha conhecida do mercado possa ajudá-los a atingir alguns objetivos

Não vim aqui falar de economia, mas essa crise fez muita gente mudar de opinião. Isso é ótimo. Apesar de ver com bons olhos esta mudança, me vi afetado por algo fútil que fez parte de meus hábitos ano passado. Aproveitei a baixa do dólar e importei alguns LPs. Alguns deles divulgados aqui. Com a crise, as verdinhas ficaram caras e a importação se tornou inviável. Por volta de 50% de aumento. Se eu recebi na porta de casa um vinil novinho da Amy Winehouse por 32 patacas, agora me custaria cincoenta.

O primeiro LP que eu deixei de comprar por causa da crise foi esse aí da foto. O álbum “Goo” do Sonic Youth é de 1990. A banda se formou em 1981 e este é o primeiro disco por uma grande gravadora. Numa época que a música não tinha a internet para divulgá-la, ser distribuída por um grande selo fazia muita diferença.

Eu devo ter conhecido este disco por volta de 1994, junto com o sucesso de “100%” de outro álbum deles chamado “Dirty” (de 1992), o mais pop e palatável do Sonic Youth. Tanto que as rádios tocaram muito e, “Sugar Kane”, do mesmo álbum, também tocou até enjoar. Assim, parti para conhecer os álbuns anteriores e cheguei no “Goo”. Já, já, eu conto porque fiquei com tanta vontade de comprá-lo.

O que preciso dizer antes é que me parece que Sonic Youth sempre foi mais escutado e preferido entre as mulheres. Fiz até uma pesquisa de campo. Os homens sempre acham que aquela barulheira é puro charme e que qualquer um pega uma guitarra e sai fazendo microfonia. Eu sempre os associei à Velvet Underground e a cena “no wave” novaiorquina. Coisa que “qualquer um” não faria com facilidade, talvez nem em covers. Já as mulheres sempre apreciam aquela melancolia adulta, o baixo distorcido de Kim Gordon, os altos e baixos das músicas e até, quem diria, a microfonia improvisada que sempre acontece. Fecho com elas em gênero, número e grau.

Eu comprei o álbum “Goo” em formato CD há uns dez anos atrás. Portanto, se escuto, é lógico que reconheço. Mas, numa noite na Casa Belfiore, bar que os garçons servem Guinness e tocam discos de vinil, reconheci o álbum com algumas diferenças. Pequenas mudanças nas gravações até ouvir um lado inteiro diferente. Não agüentei e pedi pra ver a capa. O que se abre aos meus olhos ali no balcão é uma caixa com 4 vinis e livreto com fotos. Foi foda! A vontade era de sair dali ainda com o pint de cerveja na mão e procurar uma loja que vendesse a caixa.

Procurei pela internet em casa, namorei a caixa que se chama “Goo – Deluxe Edition – Box Set 4 vynil” e os efeitos da crise já foram explicitados no começo deste texto. É uma caixa com sobras de estúdio, versões demo, gravações ao vivo, experimentações, improvisos e, claro, o álbum inteiro original.

O clipe que deixo aqui pega leve nas distorções, é um tanto pop, mas eu gosto muito. Tem a participação de "Chuck D" da banda de hip-hop "Public Enemy", o que torna a música com uma proposta um tanto moderna para a época. Chama-se "Kool thing". Aproveite!